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GUIA DE PLANTAS MEDICINAIS

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PLANTAS MEDICINAIS E SUAS PROPRIEDADES BIOLÓGICAS

O consumo de plantas medicinais é uma tradição mundial e é tão antigo quanto a história da humanidade. Plantas medicinais, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), são todos os vegetais, ou parte deles, que apresentam ação terapêutica. Algumas dessas propriedades medicinais já foram comprovadas cientificamente, como por exemplo, auxiliar o organismo a manter ou ajustar funções fisiológicas, restabelecer a imunidade, estimular a desintoxicação e o rejuvenescimento, combater dores, diminuir o estresse, além das propriedades antimicrobiana e anti-inflamatória. Porém, ainda existem muitas plantas utilizadas popularmente que AINDA NÃO TÊM seu efeito terapêutico comprovado cientificamente. Assim, nas últimas décadas a Organização Mundial de Saúde (OMS) vem desenvolvendo pesquisas que visam avaliar, testar e comprovar os efeitos benéficos da utilização dessas plantas.

ATENÇÃO: Toda planta só tem efeito medicinal se utilizada de maneira adequada, pois se ingeridas altas concentrações, podem ocorrer intoxicações ou apresentar efeitos colaterais.

EU POSSO CULTIVAR PLANTAS MEDICINAIS EM CASA?

A resposta é sim, você pode cultivar plantas que têm efeitos terapêuticos em sua casa. O cultivo de plantas medicinais é uma das opções existentes para quem deseja ter uma vida saudável e livre de toxinas. Ao cultivar plantas, você terá a praticidade de tê-las na hora que desejar, além de proporcionar um espaço verde em sua casa, o qual pode possibilitar um contato mais direto entre você e a natureza. Independente do tamanho da sua residência, você pode ter um plantio desses vegetais. Inclusive se você morar em um apartamento! Essas plantas podem ser cultivadas em jardineiras, pequenos canteiros e até mesmo em vasos.  

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COMO DEVO PROCEDER PARA CULTIVAR ESSAS PLANTAS? Você pode seguir algumas etapas básicas de cultivo, as quais serão descritas a seguir: 

1ª etapa: PREPARAÇÃO DO SOLO

Indica-se que o solo utilizado para o plantio seja rico em matéria orgânica e que possua a capacidade de retenção de água, à exemplo, o húmus ou o esterco. Ademais é importante ter uma fonte de cálcio (presente em casca de ovo triturada), de fósforo (fosfato natural) e de potássio (cinzas oriundas de carvão vegetal peneiradas). 

2ª etapa: PREPARO DAS PLANTAS PARA PLANTIO

Pode-se utilizar para o plantio sementes ou mudas, a depender da espécie da planta escolhida.

  • Sementes: Podem ser encontradas em comércio agrícola ou em alguns supermercados. As sementes mais comercializadas são as de: coentro, salsa, hortelã, camomila, manjericão, sálvia, pimenta, dentre outras.

  • Mudas: Método de rápida disseminação das plantas. Elas podem ser plantadas com ou sem estacas e diretamente no solo ou em vasos. Nas mudas sem estacas, recomendam-se plantar em solo arenoso para favorecer o desenvolvimento de raízes. Manjericão, arruda, alecrim, babosa, capim-limão, erva-cidreira, hortelã e carqueja são exemplos de mudas que se fixam facilmente.

IMPORTANTE: Deixar as plantas utilizadas no plantio em uma área com claridade, porém sem exposição direta à luz solar. A terra sempre que estiver seca deve ser molhada, mas, sem encharcar.​

3ª etapa: O PLANTIO

  • Sementes: Preferencialmente semear no local definitivo, uma vez que, as mudas podem não resistirem ao transporte. Contudo, se for necessário cultivá-las em vasos ou em outros recipientes, é preciso transportar as mudas com cautela quando atingirem de 5 a 8 cm de altura. A distância da semeadura das sementes pode variar entre 15 e 50 cm, dependendo da área destinada para o cultivo.

  • Mudas com raízes: Retire da embalagem e mantenha o torrão íntegro. O cultivo no solo e no vaso é idêntico. Deve-se cavar uma profundidade cerca de 3 vezes maior que o torrão da muda. Posteriormente a essa etapa, coloque a muda no local escolhido para o plantio e cubra as laterais com o solo, apertando para que a planta fique firme. É indicado cobrir 2 cm acima do torrão inicial. Lembre-se que após o plantio é necessário irrigar a muda e ter cuidado para não lesionar o caule.

 

4ª etapa: A ADUBAÇÃO

Indica-se fazer uma cobertura pós-plantio utilizando adubos orgânicos misturados ao solo. Isso beneficiará o sistema radicular e caulinar, o que favorecerá o rápido crescimento do vegetal. Também é essencial realizar a adubação das folhas com um adubo mineral para propiciar aumento da brotação de galhos e folhas assegurando uma maior produção após a colheita das folhas e produção de flores. Esse processo de adubação deve ser repetido uma vez a cada 7 dias para manter o desenvolvimento saudável da planta.

5ª etapa: A COLHEITA

O momento mais indicado para a colheita ser realizada é aquele no qual se tem uma maior concentração dos princípios ativos. Porém, esse momento difere-se a depender do órgão vegetal em que o princípio ativo irá ser encontrado em maior concentração. Por exemplo, há plantas nas quais os princípios ativos irão estar mais condensados nas folhas e hastes, enquanto em outras, estarão nas flores. Devido a essas peculiaridades o ponto de colheita é diferente de uma espécie de vegetal para outra. 

PONTO INDICADO PARA COLHEITA 

  • Folhas e talos: A colheita deve ser realizada antes do florescimento da planta, já que a maior concentração de substâncias com fins medicinais estarão presentes nesses órgãos.

  • Flores: Aconselha-se que sejam retiradas quando alcançam a plenitude do processo de abertura.

  • Sementes: Devem ser coletadas quando estiverem totalmente amadurecidas.

  • Fruto: É indicado ser colhido quando estiver maduro. O tipo de fruto frequentemente utilizado é o carnoso.

  • Cascas: Só devem ser coletadas após o vegetal atingir seu crescimento por completo, antes do florescimento ou no fim do período anual.

  • Raízes: Recomenda-se coletar quando o vegetal chega ao fim do seu desenvolvimento ou ciclo de vida.

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CUIDADOS QUE DEVEM SER TOMADOS AO MANIPULAR AS PLANTAS MEDICINAIS 

  • Higienize bem os utensílios que serão utilizados no procedimento e suas mãos;

  • Use preferencialmente recipientes de vidro, inox, porcelana ou cerâmica, pois recipientes compostos por ferro e alumínio podem reagir com as substâncias presentes nas plantas e resultar em compostos tóxicos;

  • Utilize sempre coadores de plástico ou filtros de papel, para evitar reações entre materiais como alumínio e ferro e as substâncias presentes nas plantas utilizadas;

  • Sempre prepare pequenas quantidades de infusão, macerações e compressas, pois a eficácia do princípio ativo é minimizada ou perdida depois de algumas horas;

  • Xaropes, tinturas e pós podem ser preparados em quantidades maiores se forem guardados em recipientes adequados, esterilizados, escuros (ou embrulhados em papel alumínio), bem lacrados e armazenados em local sem umidade;

  • Se desejar adoçar a preparação, utilize preferencialmente mel.

DIFERENCIANDO CONCEITOS

As plantas podem ser manipuladas de diferentes formas para obter várias preparações, dentre elas: xaropes, chás, sucos, sumos, óleos, pós, inalação, tinturas, compressa, garrafada e pomadas.

  • Chá (infusão): O chá é manipulado a partir de plantas que apresentam componente efêmero, como flores, botões ou folhas na água fervida.

  • Xarope: Os xaropes são um preparo de açúcar em calda com a planta fresca e frequentemente utilizados no tratamento de tosses, dores de garganta e bronquite

  • Suco: É a retirada do líquido presente no fruto.

  • Sumo: É produzido através da trituração da planta fresca.

  • Óleo: Geralmente é extraído de plantas perfumadas.

  • : Obtido através da trituração da planta completamente seca.

  • Inalação: Refere-se a uma combinação de compostos voláteis juntamente com o vapor de água e tem ação principal nas vias respiratórias.

  • Tintura: Procedimento mais indicado para conservar os princípios ativos do vegetal utilizado. Para isto é indicado adicionar álcool, uma vez que, a maioria das substâncias extraídas das plantas é solúvel em álcool. Assemelha-se a uma maceração, porém necessita de cuidados específicos.

  • Compressa: Utilização de panos, algodão ou gazes embebidos no líquido contendo o princípio ativo (infusão) ou no sumo da planta para ação decorrente da penetração das substâncias ativas através da pele.

  • Garrafada: Produto originado a partir de combinações de plantas medicinais associadas a bebidas alcóolicas, sendo o vinho a principal bebida utilizada. Em algumas situações, mel, vinagre ou água também podem ser utilizados para essa preparação.

  • Maceração: Procedimento de picar as partes do vegetal e adiciona-las a água, álcool ou óleos.

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